sábado, 13 de setembro de 2014

Posição do Governo Quanto à Revolta


No início do século XX a maior parte da marinha eram trabalhadores negros, mulatos, escravos libertos e filhos de ex-escravos. Suas condições de trabalho eram precárias, pois os marinheiros tinham baixa remuneração, recebiam péssima alimentação durante longas viagens de navio, e o mais grave, caso desobedecessem alguma regra, sofriam punições corporais. Com a proclamação da República, em 1889, as punições foram revogadas, sendo assim, o salário diminuiu, o cativeiro em prisão solitária de três a seis dias, para faltas leves, e as 250 chibatadas para faltas graves.

Isso revoltava centenas de marujos, que durante 1908 e 1909 se organizaram em busca de um acordo de reformas trabalhistas com o governo. No dia 21 de novembro, o marinheiro Marcelino Rodrigues, acusado de embarcar com cachaça, recebeu 250 chibatadas.

Diante disso ocorreu o início da revolta, e foi enviada uma carta ao governo reivindicando melhorias de trabalho e as modificações na legislação penal e disciplinar, dando maior ênfase na extinção das chibatas, Com os navios tomados pelos marujos e seus canhões apontados para a cidade do Rio de Janeiro, o governo, se sentindo ameaçado, cedeu às pressões deles e em 27 de novembro de 1910, a chibata foi abolida da Marinha de Guerra do Brasil. Os marinheiros confiaram no Presidente Hermes da Fonseca e entregaram suas armas e os navios rebelados, mas com o término do conflito o governante não cumpriu com a sua palavra e baniu alguns marinheiros da marinha, outros tantos morreram e João Cândido foi aprisionado e atirado em um calabouço na Ilha das Cobras.

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