Há muito tempo
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Rubras cascatas,
Jorravam das costas dos santos
Entre cantos e chibatadas
Inundando o coração
Do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro
Gritava então:
(...)
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Um dos fatos em que devemos reparar, é que a música não em nenhum momento cita algum nome, pois como foi escrita na época da ditadura não seria permitido um material que mostrasse o que era feito pelo poder militar.
Nos versos “Há muito tempo nas águas da Guanabara” (numa análise verso a verso) nos traz a memória o estado do Rio de Janeiro, lugar onde ocorreu à revolta, seguidos de: O dragão do mar apareceu na figura de um bravo feiticeiro; que quer dizer sobre João Cândido o líder da revolta, um líder renomado entre dois mil marinheiros que após a sua liberação da prisão ficou conhecido como Almirante Negro, que também é citado na música na primeira estrofe no sexto verso, que mostra seu domínio excelente.
Já na segunda estrofe da música, começa a serem relatadas como eram as penalidades impostas aos marinheiros. Ao citar “rubras cascatas, Jorravam das costas dos santos”, mostrando como era a gravidade dos açoites e que era um sofrimento horrendo. Quando o autor menciona “entre cantos e chibatadas” faz menção aos gritos dados durante as chibatadas. Esses gritos de dores incentivavam os marinheiros a entrar na revolta para poder reivindicar contra as punições, tudo isso se espelhando em João Cândido.
A terceira estrofe é composta por frases que exaltam os marinheiros de forma que os encorajassem a continuar na revolta.
Nos versos “Há muito tempo nas águas da Guanabara” (numa análise verso a verso) nos traz a memória o estado do Rio de Janeiro, lugar onde ocorreu à revolta, seguidos de: O dragão do mar apareceu na figura de um bravo feiticeiro; que quer dizer sobre João Cândido o líder da revolta, um líder renomado entre dois mil marinheiros que após a sua liberação da prisão ficou conhecido como Almirante Negro, que também é citado na música na primeira estrofe no sexto verso, que mostra seu domínio excelente.
Já na segunda estrofe da música, começa a serem relatadas como eram as penalidades impostas aos marinheiros. Ao citar “rubras cascatas, Jorravam das costas dos santos”, mostrando como era a gravidade dos açoites e que era um sofrimento horrendo. Quando o autor menciona “entre cantos e chibatadas” faz menção aos gritos dados durante as chibatadas. Esses gritos de dores incentivavam os marinheiros a entrar na revolta para poder reivindicar contra as punições, tudo isso se espelhando em João Cândido.
A terceira estrofe é composta por frases que exaltam os marinheiros de forma que os encorajassem a continuar na revolta.
6 comentários:
É preciso entender que os autores fazem duas homenagens na mesma musica: uma para o Dragão do Mar (O Chico da Matilde), o pescador cearense que foi das principais figuras na luta pela libertação dos escravos na Provincia, que foi a primeira a dar liberdade aos negros cativos, quatro anos antes da Lei Áurea. Genial!!!
E a outra para o lider da Revolta da Chibata, João Cândido, este o mestre sala dos mares, renascido do Dragão do Mar, conforme a música, na figura de um bravo navegante!!! Bela!!!
Gostei muito saber com detalhes essa música é muito importante pra nós negros saber o que eles passaram
Como relacionar essa comparação com as lutas racias atuais...
o que ele quis dizer com " salve o navegante negro que tem por monumemtos as pedras pisadas dos cais"
Excelente publicação sobre a música em análise. Salvou a minha aula! Estou trabalhando o período pré-moderno usando justamente a letra dessa música. Parabéns!
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